sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Tudo Sobra...


Ta tocando Pink Floyd no som,mas não fui eu quem colocou,é bom, gosto de ouvi-los,não sei se comecei a gostar pelo fato de ser obrigada a ouvir desde criança,meu pai é fã.
Quando eu estava na barriga da minha mãe, meu pai colocava The Cure para eu ouvir, não sei no que isso resultou.
A mudança acabou de chegar, a casa esta só poeira e eu tomando chá escrevendo no computador...e Pink Floyd.Não sei o porque me deu vontade, na verdade desejo de escrever,vou continuar soltando palavras até brotar alguma coisa.
Tem flores em demasia nos rios
Rios secos, sem forma,
Sem cor, mas com flores.
E tudo voa, pinga e sobra
Meus antigos eus morreram
Não sei quando irei enterrá-los
O cheiro da morte não é tão bom assim,
Mas ver estas almas pingando é flor.
Tanto papo;
Tanto brilho...apagou!
Não se faz mais luz de onde
Jorrava, não se faz confete,
Não se faz visita, não se tem mais visitas
Nem sala, nem almas a se confessar
Tudo sobra!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Pó.


Ah, se eu pudesse pegar as tuas mãos
se tu pudesses beber minhas lágrimas cálidas
e meu peito se regozijar a cada manha
por ter teu olhar novamente
aquele olhar admirador...
aquele mesmo que fica a me fitar
e ver todos os meu defeitos
e a se questionar...
por que?
As cordas do meu violão se calaram
Minha mente não se inspira mais
Minha alma se perdeu
Vagou tanto a procura de outros
Que não sabe em quem se perdeu
Meu corpo... Coitado
Só a pele e o osso é que me fazem de gente
Pois se não os fosse, como eu poderia
Vagar por aí?
E se foi...
Deixei levar a minha alegria,
Minhas razões...rações da alma
E por aí vai, vai, vai
Sei que te verei amanha, depois
Que eu soube disso tudo parou,
Deixei de funcionar,
ainda bem que respirar
é um ato involuntário pois se fosse!
Ajudar, ajudar, sempre ajudando
Isso enche sabia?
E o que em troca?
O vazio, por que a
Única coisa que ainda procuro
é aquela paz no olhar que tu me deu
dançar sem música, amarrar a minha mão e
a tua mão numa camisa e sairmos por aí...um só!
Pó!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Hoje não é um dia comum!


Hoje não é um dia comum, na verdade todos os dias da minha vida são incomuns, é cada coisa que acontece que chego a duvidar se a minha vida não é um sonho, algo inventado para poder apenas divertir alguém. Bom, chego mais uma vez a cidade de São Luis, nem desarrumei minhas malas, nem vi a metade dos amigos, outra metade nem sabe que ainda estou aqui. Viria só de passagem, mas tudo mudou... Pra dizer melhor, tudo voltou a ser como era, mas eu mudei.
Acredito que com a mudança ou o amadurecimento as coisas não devam continuar como eram,assim espero,quero aqui despedir-me de velhos hábitos, velhos lugares, velhas bandas, velhos quilos. É... Tudo muda.
Em Macapá vi e vivi coisas que jamais esperava, percebi que mesmo no leito de morte as pessoas ainda procuram Deus. Vi uma mulher aidética em estagio terminal, gemendo em cima de uma cama, vi crianças sorrindo e eu conseguia sentir seus sorrisos, suas graças. Vi pessoas de coração puro e vi que “viver sem destino é afogar-se em mágoas”.
Meus queridos, viver a deriva, a espera do inesperado talvez pode não ser tão prazeroso assim, viver decorando frases de livros que nunca leu , viver falando de músicas sem realmente as conhecer, viver julgando as pessoas pelo que elas lêem e pelo que elas ouvem, viver de goles de cachaça “emprestada”, viver de status porque é da “UFMA”. Sinceramente, eu tenho nestes preceitos uma verdadeira falta de personalidade, tudo bem que o “Google” existe para facilitar as nossas vidas, mas viver como “garoto Google” é um pouco triste. Revi algumas dessas pessoas e todas elas me disseram estar se sentindo solitárias, outras nem precisaram falar, era tão latente a depressão, opressão, o olhar perdido, vago no horizonte a espera de que chegue alguém, realmente diferente,em sua direção e que aquela pessoa, sim aquela pessoa, será o amor de sua vida e assim todos os seus problemas irão se acabar...
VOCÊ SABIA QUE VIVER ASSIM É UMA ESCOLHA?
A falta de foco nos faz perder tempo, depois que voltei de Macapá, isso faz duas semanas, percebi que me falta paciência com certas situações, é um julgando o outro pela banda, pela faculdade, pelos amigos e até pela foto do Orkut, isso não encaixa na minha cabeça. Amo os meus amigos, meus amigos são minha segunda família, meu rebanho...
Não tenho a solução para as minhas críticas, as vomitei e pronto. Não vou citar filósofos ou poetas aqui, nada contra eles, mas em meu blog NÃO. É tão fácil fazer um blog e copiar frases de filósofos, achar frases legais no “Google”, o meu blog só terá espaço para mim, começará em mim e terminará em mim, porque eu me interesso por mim, sinto a necessidade de escrever sobre mim,sou egoísta, sou uma baiana que nunca foi num terreiro, que não sabe fazer acarajé e o “Oxi” que restou foi um velho habito herdado dos pais,que por osmose foi encaixado ao vocabulário quase como uma prece.
Uma baiana nascida em Juazeiro, que morou em Caraíba Metais e passou a infância numa Cerra,a tal das Cerra dos Carajás,que vivia jogando pedra nos índios,criando os coelhos que apareciam no quintal de casa,caçando ninho de passarinho, fugindo de onça solta,fazendo enterro dos peixinhos que ficavam no aquário da sala de casa.
Uma baiana que depois de algum tempo foi morar em Feira de Santana, que vivia jogando bola, brincando de pega-ajuda,quebrando vidro dos apartamentos alheios,alugava os ouvidos da Naná, que nunca ouviu a baiana do acarajé falar “quente ou frio?” ,que vivia chupando picolé e correndo atrás do cachorro que fugia de casa.
Uma baiana que foi morar em São Luis, não se adaptou a nenhuma escola, que aprendeu a tocar violão porque viu um na loja e achou bonito, que era a pior goleira de handebol da história, que achava geografia uma matéria super difícil, que conheceu Anderson Fernandes que um belo dia lhe disse “leia o mundo de Sofia”, e daí aconteceu toda a desgraça, uma baiana que tinha uma banda chamada “AKN”(Anti-Kantismo-Nababesco) e aprendeu a fazer pimenta.
Uma baiana que foi morar em Macapá, que pensou que já concheia o fim do mundo ate ver o distrito de “Tão, Tão Distante”, nossa, e ali era o meio do mundo, o começo do Brasil, uma baiana que estudava numa faculdade que ficava a cinco minutos da linha do equador, o “Marco Zero”, que ficou com os pés na linha do meio do mundo e testou a experiência da moeda, aquela de que a moeda fica em pé, é não deu certo, que viu o rio Amazonas e ficou com medo.
Uma baiana que acabou de voltar de um festival de música erudita em Fortaleza, que ficou 20 dias alojada num convento, que viu freira dançando forró, que conheceu música contemporânea ao ver seu professor tocando,quebrando as crinas do arco em cima do palco, dando murros no baixo e ainda sim de tudo aquilo se tirava música, que conheceu Daniel, aquele menino que toca na orquestra sinfônica da Bahia, e que se encantou, cantou, tocou... Uma baiana que conseguiu ficar tanto tempo em fortaleza e não ir à praia, na verdade tem alergia ao sol.
Uma baiana que se diz baixista, que voltou para São Luis, para não sei o que, mas voltou.
Uma baiana que é sozinha, que come granola como se fosse pipoca, que tem um cachorro chamado Led Zepllin, uma amiga chamada Hay Lindoso e uma chamada Édla,uma baiana que adora tomar chá quente, não importa qual seja o chá e que adora ouvir os Beatles vendo Édla fazer bolo de cenoura.
Saravá meu irmão, Axé para você
E até a próxima.